segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Perdão parcial da dívida grega não garante estabilidade na zona do Euro

 

da Reportagem
Portogente

O coordenador de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, observa que as mudanças propostas pelos integrantes da Zona do Euro para minimizar os problemas do endividamento do bloco serão implementadas com a finalidade de manter o equilíbrio e promover folego aos países comprometidos. As medidas também visam atingir os problemas relacionados ao grande desemprego na região.

“O perdão de 50% da dívida grega demonstra preocupação com o Bloco e expõe as falhas estruturais, como a falta de comprometimento de países que não poderiam fazer parte do bloco, ou que, primeiramente, deveriam se estruturar financeiramente para que pudessem participar de forma mais equilibrada”.

Gonçalves lembra que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, deixou escapar, em pronunciamento na TV, que a Grécia não deveria participar do bloco. Segundo Sarkozy, “o País fraudou dados numéricos que, se fossem declarados na época, sua entrada não seria permitida”. Esse ponto pode gerar problemas com outros países que estão em situação similar de endividamento, pois, em teoria, eles também podem solicitar o perdão da dívida.

Mudanças com relação a aumento de garantias, injeção de recursos em Instituições que financiaram títulos da dívida pública grega e a retenção de 9% do patrimônio das instituições financeiras, em detrimento dos Investidores, poderão criar outros aborrecimentos, explica Reginaldo Gonçalves.

“Na verdade, o correto seria cobrar e fiscalizar os países do bloco de maneira mais austera. Perdão de dívida não garante a responsabilidade de quem deve mas, ao contrário, acaba premiando os incompetentes”.

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