sexta-feira, 10 de junho de 2011

A melhoria da malha ferroviária

 

O Brasil tem a resolver um grave problema para que seja possível adensar sua economia, o custo para escoar sua produção. Por ser um grande produtor de commodities agrícolas e minerais, itens que apresentam baixo valor agregado, precisa encontrar formas de realizar o transporte de grandes quantidades com um custo compatível a fim de não elevar o valor do frete, prejudicando a competitividade nos mercados interno e externo.
Esse desafio poderia ser vencido caso houvesse uma expansão quantitativa e qualificada das ferrovias e das hidrovias.
Para o professor Manoel A. S. Reis, docente da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) e coordenador do Centro de Excelência em Logística e Supply Chain (GVcelog), a extensão da malha rodoviária brasileira mostra-se totalmente insuficiente quando comparada à rede de outros países do mesmo porte.
Com apenas 28 mil quilômetros, não dá conta da necessidade de deslocamento da safra e da remessa de cargas para os portos brasileiros, ponto de envio para o exterior.
Outro déficit está na malha hidroviária, insignificante diante dos rios navegáveis e da costa marítima passível de utilização.
Um projeto para melhorar a realidade atual está sendo gestado por meio dos ministérios do Transporte e da Defesa. Trata-se do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), que tem como objetivo ampliar as ferrovias em mais 12 mil quilômetros, integrando o território nacional de forma a que a logística de escoamento seja abrangente para permitir ramais e integrações mais eficazes.
Além da necessidade de ampliação da rede ferroviária atual, também há o problema do subaproveitamento da já existente. Urge equacionar essas e outras questões para que o PIB possa crescer refletindo toda a nossa capacidade instalada.

Por Correio do Povo

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